… e melhor que nós. Significa o quê, isto?
Significa pelo menos, que não estamos bem. E resolvemos, que temos que estar. Para isso, tentamos mudar alguma coisa. Necessariamente, aquilo que julgamos ser motivador do nosso mal-estar. Lançamos mão à obra e começamos…
Apoios. E se não os há? De quem devia haver?… digo eu. Deveríamos nós ter avaliado essa eventualidade antes? Se chegássemos à conclusão que eventualmente, não iríamos ser apoiados, provavelmente não mudaríamos nada. E continuávamos a estar mal. Se estávamos assim tão mal, não nos importaríamos de não ter apoios. E avançávamos sozinhos. Uma insensatez em circunstâncias pontuais, atrevo-me a acrescentar.
Mais traiçoeira é a eventualidade de termos verificado se havia apoios ou não, antes de avançarmos para a mudança. Havia. Avançámos. E depois, já iniciado o percurso, constatamos que afinal os nossos apoios, se limitam a observar. A observar-nos a dar com a cabeça nas paredes.
Ora, porra! Afinal porque estamos nós a dar com a cabeça nas paredes? E porque se limitam os nossos supostos apoios, a observar-nos?
Simplesmente, porque ninguém melhor que nós, sabe porque estávamos mal, porque queremos estar bem e o que temos que fazer para isso acontecer. E, mesmo que nos possamos desorientar no começo do percurso, ninguém melhor que nós, encontra o caminho certo.
Agora… explicar isto aos nossos supostos apoios… Eles, que nos observam a dar com a cabeça nas paredes, e nos vão dando palmadinhas nas costas em jeito de consolo, com o ar mais paternalista deste mundo, sempre adiantando que “eu bem te dizia que o melhor para ti, não era isso”… porra!... é, desesperante.
O melhor mesmo, é desistirmos de fazer entender o que quer que seja e concentrarmo-nos nos nossos propósitos e… se tivermos estômago para isso, ainda acrescentar que “sim, senhor… tens toda a razão”. Caso contrário, ainda se ofendem connosco e desfaz-se a união, que cautelosamente, afiançámos. Apenas porque resolvemos procurar o que realmente, é melhor para nós (e nos atrevemos a contar com aliados).
A união faz a força, questionas tu. Sem dúvida. Se nunca nos esquecermos porque raio nos unimos nós. Qual foi afinal, o motor de arranque. Porque na verdade, mesmo quando as causas são sociais, é difícil combinar esforços e obter bons resultados. Ora, como não há transferabilidade (ou não devia haver) entre causas individuais e causas comuns, a conclusão só pode ser uma.
Uma causa individual, é isso mesmo. Pertence a um individuo. E o mesmo, tem que consciencializar, que apesar de todos os apoios que possa ter (efectivos, ou não), é ele o protagonista da história. Mesmo que as pessoas a quem se una, não percebam isso.
Brilhante conclusão, hã?!... Que título dei eu a este post? Talvez o título mais adequado fosse: Individualidade ou O verdadeiro sentido de solidão.