E quando estou zangada, não tenho mesmo, gracinha nenhuma.
Aos 40 anos, já temos obrigação de ter o nosso carácter bem consolidado. E, se há algumas características inerentes a esta idade, que ainda não me chegaram (começo por isso, a perder as esperanças que alguma vez cheguem) outras há, que já cá estão, de pedra e cal, implantadas. Estas, precoces, inalteráveis. Portanto, credíveis. Duvido mesmo, que alguma vez me abandonem.
Todas elas se fazem cercar pela intolerância. Ou seja, há poucas coisas que não tolero. Mas as que há, é mesmo, tolerância zero. Uma das coisas que não tolero, são as intromissões. Vindas de quem vierem. E o meu sentido de intromissão é um bocadinho vasto. Logo, de difícil interpretação. Pois… dificulta as coisas, eu sei. Dá-me trabalho, no que toca a fazer-me compreender, quando me disponho a isso, quando o intrometido me merece respeito. Se as intromissões se revelam persistentes, temos então, o caldo entornado.
Outra coisa que não tolero é que contornem a minha autoridade. A pouca que faço questão de ter. Eu, que nem num empregado consigo mandar, quanto muito, faço uma ou outra sugestão. Uma coisa, é mandar pouco porque se quer, outra é mandar pouco porque não nos querem deixar mandar mais. Gosto pouco de medir forças. E não preciso de grandes conversas para perceber qual é o mandato de cada um de nós. O meu, defendo-o com unhas e dentes.
As duas coisas juntas… enfurecem-me, realmente. E podem-se mesmo identificar. Desrespeito. Sem perdão. E, se neste quadro, aparecem os meus filhos, então sim… temos conflito. É que nos meus filhos, quem manda sou eu (e o pai deles). E em mim, quem manda, são eles. Dois mandatos distintos. Sem direito a intromissão.
Hoje vai haver confusão, sim. Estava eu a pensar que ia ter um Domingo tranquilo.
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