Esta manhã acordei com o som da minha voz arrastada: tentava expulsar de minha casa uma pessoa que nunca cá deixei entrar. Não estranhei o disparate de sonho. O que estranhei foi lembrar-me dele.
Esta tarde, expulsei de facto, uma pessoa. Não, de minha casa. E não o mesmo protagonista. Mas, expulsei.
Esta noite, agorinha mesmo, relacionei as duas coisas e não me agradou nada.
Abalou-me a ideia que tenho vindo a formar ao longo da vida, em relação aos meus sonhos (agradáveis ou não): Nunca aconteceu nada que tivesse previamente sonhado, logo, podia estar descansada, podia sonhar descansada. Mais… era uma espécie de garantia e alívio, sonhar com alguma coisa desagradável ou estranha: seria sempre inconsequente.
Devia ter adormecido antes de “agorinha mesmo”, antes de relacionar as duas coisas. Certamente, amanhã já não me lembrava nem de uma, nem de outra.
2 comentários:
Não negues à partida uma ciência que desconheces...
qualquer dia montas uma barraquinha e dás consultas de previsão do futuro. Faz-me só um favorzinho: além do dinheiro que podes fazer, conta-me tudo o que eu ainda não sei e preciso urgentemente de saber, please!Joka.
Espero que tenha sido uma situação pontual, acredita. Era só o que me faltava, começar a desassossegar-me com os meus sonhos. Beijinho para ti, Keratina.
É mau. É mau, Yard. Não há nada mais selvagem que o sonho do sono. Impossível domesticar. O ideal é mesmo, podermos não os levar em conta. Beijinho para ti também.
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