quarta-feira, maio 31, 2006

Pesadelo, premeditação, coincidência ou termo de garantia


Esta manhã acordei com o som da minha voz arrastada: tentava expulsar de minha casa uma pessoa que nunca cá deixei entrar. Não estranhei o disparate de sonho. O que estranhei foi lembrar-me dele.

Esta tarde, expulsei de facto, uma pessoa. Não, de minha casa. E não o mesmo protagonista. Mas, expulsei.

Esta noite, agorinha mesmo, relacionei as duas coisas e não me agradou nada.

Abalou-me a ideia que tenho vindo a formar ao longo da vida, em relação aos meus sonhos (agradáveis ou não): Nunca aconteceu nada que tivesse previamente sonhado, logo, podia estar descansada, podia sonhar descansada. Mais… era uma espécie de garantia e alívio, sonhar com alguma coisa desagradável ou estranha: seria sempre inconsequente.

Devia ter adormecido antes de “agorinha mesmo”, antes de relacionar as duas coisas. Certamente, amanhã já não me lembrava nem de uma, nem de outra.

2 comentários:

Keratina disse...

Não negues à partida uma ciência que desconheces...
qualquer dia montas uma barraquinha e dás consultas de previsão do futuro. Faz-me só um favorzinho: além do dinheiro que podes fazer, conta-me tudo o que eu ainda não sei e preciso urgentemente de saber, please!Joka.

Aq disse...

Espero que tenha sido uma situação pontual, acredita. Era só o que me faltava, começar a desassossegar-me com os meus sonhos. Beijinho para ti, Keratina.

É mau. É mau, Yard. Não há nada mais selvagem que o sonho do sono. Impossível domesticar. O ideal é mesmo, podermos não os levar em conta. Beijinho para ti também.