Pareceu-me tão ridículo ouvir a minha voz a dizer isto.
Mas, disse. Voltava a dizer. Se não me tivessem feito a vontade, imediatamente.
A sério que penso… que estou convencida, que o aspecto mais difícil de suportar em consequência à separação com o pai dos meus filhos, é mesmo a partilha dos mesmos. 1 mês de férias com o pai. É perfeitamente insuportável. Mais uma semana que fosse e rebentava comigo. Estou por um fio. O termo certo é mesmo: desesperante.
É evidente que esta verificação me fez pensar. O estado a que cheguei, ao final de um mês, assusta-me. Tento analisar a questão de uma forma fria, resoluta e útil, tentando evitar futuros danos. Obviamente, não consigo. Conseguirei certamente, a pouco e pouco.
Há contudo, uma conclusão que já vinha fazendo e que salta logo à vista. A minha dependência. O facto de não me conseguir sentir bem, sem que isso dependa de outras pessoas. Desagrada-me tanto esta verificação. Faz-me sentir frágil. Tão frágil que nem me acanho a pedir ajuda.
Mais uma vez, o meu pensamento corre para uma imagem. Um filme, neste caso. Monster’s Ball – Depois do ódio. É tão efémera a força. É tão possível passar de um estado resistente para a fragilidade. Basta apenas que aconteça uma coisa: um abanão nos nossos pilares.
Reconhecer isto, com humildade, com verdade, mas sem auto comiseração, parece-me difícil, mas absolutamente necessário para a recuperação dos nossos pilares. Para de um estado frágil, voltar a enfortecer. Mais. Absolutamente fundamental, para que nos possamos defender de futuros abanões.
A grande questão, aqui, no meu ponto de vista, nesta que tento construir, é a possibilidade do reforço dos pilares, sem que o mesmo, dependa de mais ninguém, senão de nós próprios. Será isso, possível? Conseguiremos nós, defender-nos de uma forma tão auto-suficiente, vivendo rodeados de tanta gente? E se o conseguirmos, não correremos o risco de prescindir do relacionamento com os outros, de tão auto-suficientes nos tornarmos? Não correremos nós, o risco de construir um mundo só nosso?
Mais uma vez, a virtude estará no meio-termo. Mas, qual?
Curiosamente, há umas semanas atrás, em conversa com uma miúda tranquila com a vida, verifiquei que na opinião dela, o segredo está na generosidade. Se vivermos num estado de generosidade, de abertura, com o próximo, com a vida, connosco próprios, vivemos tranquilos. Pareceu-me tão inteligente aquela afirmação. Fez todo o sentido, na altura. Depois vi o filme, do qual retirei uma mensagem idêntica. Li ainda, umas coisas que escrevi há uns tempos atrás. E construí uma quase convicção: Se nos construirmos sobre esse tal estado de graça, de generosidade e nos orientarmos em função dos outros e do bem-estar que lhes conseguirmos proporcionar, se sairmos de nós próprios e das nossas necessidades, atingimos a liberdade absoluta. Faz sentido. Todo o sentido. Se não temos necessidades, sentimo-nos confortáveis.
A “quase convicção” cai por terra, com a maior das facilidades, quando afinal, me oiço a dizer: Preciso de ver os miúdos. Quando afinal percebo que não consigo sair de mim e das minhas necessidades. Será talvez, uma questão de persistência. Talvez não seja fácil. Talvez haja um caminho a percorrer.
Mas, disse. Voltava a dizer. Se não me tivessem feito a vontade, imediatamente.
A sério que penso… que estou convencida, que o aspecto mais difícil de suportar em consequência à separação com o pai dos meus filhos, é mesmo a partilha dos mesmos. 1 mês de férias com o pai. É perfeitamente insuportável. Mais uma semana que fosse e rebentava comigo. Estou por um fio. O termo certo é mesmo: desesperante.
É evidente que esta verificação me fez pensar. O estado a que cheguei, ao final de um mês, assusta-me. Tento analisar a questão de uma forma fria, resoluta e útil, tentando evitar futuros danos. Obviamente, não consigo. Conseguirei certamente, a pouco e pouco.
Há contudo, uma conclusão que já vinha fazendo e que salta logo à vista. A minha dependência. O facto de não me conseguir sentir bem, sem que isso dependa de outras pessoas. Desagrada-me tanto esta verificação. Faz-me sentir frágil. Tão frágil que nem me acanho a pedir ajuda.
Mais uma vez, o meu pensamento corre para uma imagem. Um filme, neste caso. Monster’s Ball – Depois do ódio. É tão efémera a força. É tão possível passar de um estado resistente para a fragilidade. Basta apenas que aconteça uma coisa: um abanão nos nossos pilares.
Reconhecer isto, com humildade, com verdade, mas sem auto comiseração, parece-me difícil, mas absolutamente necessário para a recuperação dos nossos pilares. Para de um estado frágil, voltar a enfortecer. Mais. Absolutamente fundamental, para que nos possamos defender de futuros abanões.
A grande questão, aqui, no meu ponto de vista, nesta que tento construir, é a possibilidade do reforço dos pilares, sem que o mesmo, dependa de mais ninguém, senão de nós próprios. Será isso, possível? Conseguiremos nós, defender-nos de uma forma tão auto-suficiente, vivendo rodeados de tanta gente? E se o conseguirmos, não correremos o risco de prescindir do relacionamento com os outros, de tão auto-suficientes nos tornarmos? Não correremos nós, o risco de construir um mundo só nosso?
Mais uma vez, a virtude estará no meio-termo. Mas, qual?
Curiosamente, há umas semanas atrás, em conversa com uma miúda tranquila com a vida, verifiquei que na opinião dela, o segredo está na generosidade. Se vivermos num estado de generosidade, de abertura, com o próximo, com a vida, connosco próprios, vivemos tranquilos. Pareceu-me tão inteligente aquela afirmação. Fez todo o sentido, na altura. Depois vi o filme, do qual retirei uma mensagem idêntica. Li ainda, umas coisas que escrevi há uns tempos atrás. E construí uma quase convicção: Se nos construirmos sobre esse tal estado de graça, de generosidade e nos orientarmos em função dos outros e do bem-estar que lhes conseguirmos proporcionar, se sairmos de nós próprios e das nossas necessidades, atingimos a liberdade absoluta. Faz sentido. Todo o sentido. Se não temos necessidades, sentimo-nos confortáveis.
A “quase convicção” cai por terra, com a maior das facilidades, quando afinal, me oiço a dizer: Preciso de ver os miúdos. Quando afinal percebo que não consigo sair de mim e das minhas necessidades. Será talvez, uma questão de persistência. Talvez não seja fácil. Talvez haja um caminho a percorrer.
2 comentários:
Sabes? Passei o mês à conversa. A ajuda tem q vir de nós, linda. As opções, tb. Beijinho grande. Abraço, tb.
E eles?
Como estão eles?
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