quarta-feira, novembro 15, 2006

Taralhoquices I

Diz A para B:

- Ó B!... tens o número de telemóvel da C?

- Não sei, só vendo – responde B.

B encaminha-se para o carro para ir buscar o seu próprio telemóvel e consultar a agenda. De repente, ocorre-lhe que tinha deixado o telemóvel em casa a carregar. Volta para trás.

- Epá!... não trouxe o telemóvel. Mas a D tem, de certeza. Arranja-me aí um telefone que eu pergunto-lhe – Sugere B.

A dá o seu telemóvel a B que se prepara para marcar o número de D. Vacila na marcação e convence-se que não tem o número memorizado.

- Ai!... não me lembro agora do número da D. Porra! – diz B - Mas deixa estar que mal chegue a casa telefono-lhe e mando-te o número por sms – acrescenta.

Assim fez. Chegou a casa. Mandou o primeiro sms para D:

- Tens o número da C?

D responde também, por sms:

- Qual C?

B manda o 2º sms para D:

- A C do E, porra! (como se não houvesse mais nenhuma).

- Eu acho que é o 000000000, mas não tenho a certeza – responde D.

B reencaminha o sms para A. Como não sabe o número de A de cor, utiliza a agenda do telemóvel. Age rapidamente porque sabe haver urgência no contacto. Pelo caminho do dedo a correr os contactos da sua agenda, parece-lhe passar pelo nome B, mas não se detém. Após despachar o reencaminhamento do sms vai verificar a sua impressão e de facto, tem na agenda, afinal, o número de uma C.

- Porra! – pensou – afinal, tinha aqui o número.

Escreve outro sms a A:

- Afinal, tinha aqui o número. É o 000000001.

Assunto arrumado, pensou.
Dois dias depois, B encontra A na rua. A faz-lhe sinal mostrando intenção de lhe falar.

- Mandaste-me o número errado. Deste-me o da C sim, mas foi o da C.2 e não o da C.1. O primeiro número que mandaste é que estava certo.

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Análise:

Erro 1 - B devia ter confirmado se tinha ou não, o número de C, antes de perguntar a D.
Erro 2 – Não ocorreu a B
que podia conhecer mais do que uma C.
Erro 3B devia calcular que não sendo C.1 uma pessoa muito próxima, não seria suposto ter na sua agenda do telemóvel, o seu número.
Erro 4 – Sendo C.2 uma amiga chegada, nunca a deveria ter confundido com outra C.
Erro 5B já devia saber que asneira sempre de cada vez que é pressionada com a escassez de tempo, logo devia ter calculado uma margem de erro.

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Conclusão (simpática):

B é taralhoca até dizer chega.

Conclusão (menos simpática):

É muita asneira junta para uma merdice de nada.

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Nota da autora:

Hoje apetece-me “dizer mal”.

5 comentários:

Keratina disse...

Bolas, depois de um dia de trabalho, esta "estória" deixou-me extenuada. E acho que já nem sei dizer o Abecedário...Jokinha

riacho disse...

Abaixo os telemoveis!
Vivam os pombos-correios!!

Aq disse...

Este tipo de taralhoquice é extenuante, pois. Beijo grande, Keratina.

Devem ser mais eficientes, sim. E os telemóveis, também. Mais eficientes que eu. Abraço apertado, Riacho.

Anónimo disse...

Eu é que fiquei taralhoca ! eheheheh

Beijo
[[]]

Aq disse...

Ó diabo!... pega-se, então :) Beijo, Maria Alfacinha.