foto daqui
De há uns 2 anos a esta parte, julgo que por alteração (in)voluntária dos meus objectivos de vida, tenho vindo a experimentar algumas sensações, de que antes, não tinha noção.
Contando que me encontre mais ou menos, a meio da vida que tenho para viver, não me sinto de todo, a descontar dias até que chegue ao fim. Obviamente, como a maior parte das pessoas, tenho planos para o futuro e “coisas” que anseio vir a possuir.
No entanto, parece que ficou para trás, aquela fase em que me sentia a construir um pequeno império, ou seja, a satisfação de somar aos bens que já tinha (ou julgava ter) outros que ia tendo. Refiro-me mesmo a bens, às “coisas” que se adquirem a troco de dinheiro. Merdices topo de gama (ou nem tanto).
Claro, que gostaria de ter uma casa maior, um escritório individualizado e apetrechado com mais e melhor equipamento, roupas mais giras para os meus filhos, até mesmo para mim. Ter dinheiro para o raio da Berg com que o meu filho sonha, ou os MP3 que as minhas filhas querem. Claro que gostaria de pagar melhor à senhora que toma conta dos meus filhos, trocar de lugar com as minhas clientes de estética… essas coisas todas.
Mas porra!... cada vez que ao final do dia, sento os meus filhos à mesa, lhes ponho à frente um prato de comida perfumada e quente acabada de fazer, os vejo a atacar o prato, todos limpinhos e quentes nos seus roupões macios e após a refeição os observo a aconchegarem-se ao quente da lareira, penso frequentemente:
- Temos uma sorte do caraças!
Ainda retenho essa sensação, quando antes de me deitar, vou aos quartos aconchegar-lhes as roupas da cama e confirmar que as pernas deles estão esticadas debaixo delas, sinal de que não têm frio.
Quando me recolho finalmente, levo muitas vezes no pensamento, as pessoas sem abrigo e aquelas que o têm, ainda mais débil que o meu. É sobretudo, nestes dias frios, chuvosos e ventosos que julgo não ter direito nenhum para me queixar da vida.
De há uns 2 anos a esta parte, julgo que por alteração (in)voluntária dos meus objectivos de vida, tenho vindo a experimentar algumas sensações, de que antes, não tinha noção.
Contando que me encontre mais ou menos, a meio da vida que tenho para viver, não me sinto de todo, a descontar dias até que chegue ao fim. Obviamente, como a maior parte das pessoas, tenho planos para o futuro e “coisas” que anseio vir a possuir.
No entanto, parece que ficou para trás, aquela fase em que me sentia a construir um pequeno império, ou seja, a satisfação de somar aos bens que já tinha (ou julgava ter) outros que ia tendo. Refiro-me mesmo a bens, às “coisas” que se adquirem a troco de dinheiro. Merdices topo de gama (ou nem tanto).
Claro, que gostaria de ter uma casa maior, um escritório individualizado e apetrechado com mais e melhor equipamento, roupas mais giras para os meus filhos, até mesmo para mim. Ter dinheiro para o raio da Berg com que o meu filho sonha, ou os MP3 que as minhas filhas querem. Claro que gostaria de pagar melhor à senhora que toma conta dos meus filhos, trocar de lugar com as minhas clientes de estética… essas coisas todas.
Mas porra!... cada vez que ao final do dia, sento os meus filhos à mesa, lhes ponho à frente um prato de comida perfumada e quente acabada de fazer, os vejo a atacar o prato, todos limpinhos e quentes nos seus roupões macios e após a refeição os observo a aconchegarem-se ao quente da lareira, penso frequentemente:
- Temos uma sorte do caraças!
Ainda retenho essa sensação, quando antes de me deitar, vou aos quartos aconchegar-lhes as roupas da cama e confirmar que as pernas deles estão esticadas debaixo delas, sinal de que não têm frio.
Quando me recolho finalmente, levo muitas vezes no pensamento, as pessoas sem abrigo e aquelas que o têm, ainda mais débil que o meu. É sobretudo, nestes dias frios, chuvosos e ventosos que julgo não ter direito nenhum para me queixar da vida.
2 comentários:
Sabes que nos dias que chego a casa e penso que a minha vida é uma merda, penso exactamente naquilo que escreves. Depois penso quão pouco preciso para viver dignamente. Ansiamos sempre o melhor pra nós, raramente dando valor aos tesouros que são nossos.
Um beijo da calmeirona...
É. Às vezes cegamos um bocadinho. Beijo aceite e retribuído, Keratina.
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