É uma das minhas características. Ok!... pronto… é um dos meus defeitos. Daqueles que me fazem perder quilos, se tiver mais que meia dúzia de horas nesse estado. A sério. Perco mesmo peso, acreditem. Não é por nada de especial, é mesmo porque deixo de comer como deve ser. A comida sabe-me mal… do género: a comer o mesmo bife com outra pessoa, o meu não se desfaz entre os dentes e o do outro, parece manteiga. Pois… se calhar, fico com falta de força nos dentes, sei lá…
Bom, mas falava eu de ansiedade. Este post é um teste. É mesmo para receber comentários (percebem?). Um teste à minha sanidade mental. Sim, porque com a idade, fui controlando a impulsividade e outras formas de estar, até mesmo, de ser. Mas em relação à ansiedade, cada vez estou pior. É que só me dá para dramatizar, assim… mesmo com imagens, e cenários, e tudo. Um horror.
Nunca comemoro aniversários em dias de semana. Porquê? Porque a maior parte dos convidados vêm de Lisboa (a 132 km daqui) e depois têm que voltar, percebem? Cansados, bebidos, noite fora… até chegar às casinhas deles. Podem ter um acidente, percebem? Enfim… há mais probabilidades, digo eu. Também nunca faço a festa a um Domingo. Há mais trânsito. O pessoal todo, a regressar da santa terrinha. É sempre a um Sábado. Às vezes, já nem o aniversariante se lembra que fez anos, mas pronto. Nenhum dos convidados sai daqui, sem me prometer que telefona quando chegar. Por isso, fico mais ou menos, 2 horas à espera que me telefonem. Quando se esquecem… lá estou eu. A telefonar, não e?
O meu irmão mais novo (tem menos 7 anos que eu) faz anos dia 8 de Dezembro. É sempre feriado, como sabem. Por isso, começa a comemorar o aniversário na véspera e estende-se enfim… até aguentar. Nunca antes de ser dia. Desde que começou a sair à noite, com 17, 18 anos, ainda em casa dos meus pais, que odeio a noite de 7 para 8 de Dezembro. Já vai a caminho dos 34 anos… e raios partam!... o rapaz nunca mais assenta. Um jantarinho em casa, sei lá… uma coisinha assim… mais sossegadinha.
Mas, em relação a ele, estou melhor. Aqui há uns anos, quando a ansiedade chegava ao pique mais alto, até via carros a rebolar por ribanceiras, ouvia sirenes de ambulância e se o telefone tocasse nesse momento, ficava histérica. Ainda hoje, se o telefone me tocar depois da meia-noite, sem eu estar à espera de chamada nenhuma, demoro-me o mais que posso a atender e do lado de lá, nunca ouvem à primeira o “Sim?” que murmuro.
Também não acho piada nenhuma aos Passeios Grandes que fazem aqui na escola dos meus filhos. Todos os anos há um. Passeio grande, porque é para longe, percebem? Saem daqui de manhã cedo e só voltam à noite. Um suplício. Começo com 15 dias de antecedência a pensar no que é que vou fazer nesse dia. Sempre programas hilariantes, que é para ver se me esqueço. Mas nunca consigo escolher um. Por isso nesse dia, não faço rigorosamente nada. Ou melhor… há uma coisa que eu faço sempre. Vou não sei quantas vezes com a mão ao bolso, para tirar o papel onde assentei o número do telemóvel das professoras. Lá me consigo conter. Mas é só por vergonha, juro.
É. De facto centro-me muito nos acidentes de viação. Comecei a ganhar particular receio às lombas. Imagino, sei lá… que podem sempre vir em sentido contrário, Mercedes fora de mão. As ribanceiras e as curvas apertadas também me assustam. E os condutores que conduzem a 220 Km/h. E não. Nunca tive nenhum acidente, em que fosse eu a conduzir. Felizmente.
Pois. Os meus filhos estão fora. E andam de carro de um lado para o outro. Vou ver se durmo. É que só me sinto ansiosa, quando estou acordada. Boa noite, amigos.
7 comentários:
Também não acredito em usar ansiolíticos para atenuar esses estados. :-)
Como disse o Orelhas quentes, pareces ser um caso (ai que eu ía dizer, perdido...) mas não é assim com tal gravidade :-) ... uma pessoa prefere sempre pensar no pior para que tal não aconteça, não é?
O pior é o estado em que ficas tu.
Um mergulho num bom livro sempre me ajuda a entreter a mente.
Beijinho AQ, fica bem.
Os condutores q andam a 220 Km/h....
Manuel
Essa de esperar algum tempo para telefonar à tua mãe a dizer que chegaste bem, para ela não pensar que conduzias muito depressa, é genial. Ternurenta, mesmo. Beijinho, Orelhas quentes.
Já fui ler, Fia. O Sapo anda a tramar toda a gente. Perdeste horas a ler-me? Fico contente, obrigada. Hás-de-me falar dessa tua irmã postiça. Beijinho.
Pois é, Riacho. Um caso perdido, ias a dizer bem. Ler um livro? Sabes quando tens que ler um parágrafo 3 ou 4 vezes para entender o que lá está escrito? Quando vais a meio, tens que voltar a trás, pq já perdeste o fio à meada? Não dá, pá! Não me consigo concentrar. Talvez o vodka, que recomendou o Orelhas quentes... não sei. Beijo.
Os condutores que andam a 220 Km/h... sim, Manuel!... Leste bem, a 22o km/h... tss...tsss... inconscientes!... Beijinho.
Cá para mim há ansiedades que nunca se perdem. O melhor é aprender a (con)viver com elas. E pioram mesmo com a idade: é como quando, depois de uns anos de condução, começamos a ter medo de andar na estrada. Mas esquece os ansiolíticos; dorme, lê, escreve, inventa qualquer coisa ! Beijo PS: Perdes peso ??? A mim até me dava jeito uns quilitos de ansiedade :-)
Nem um Xanax? Se recebesses um lindo ramo de flores cheio de lacinhos cor de rosa, acalmavas-te logo :-)))
Eu aconselhava-te um tratamento que fiz há 2 anos, durante 6 meses, com relaxantes musculares (por causa de uma dor insistente que andava a ter nas costas, do género da tua, sabes?... mas a mim, nem me deixava suspirar...). Cheguei aos 44 kg, consegues imaginar? Pois... pele e osso. Mas a minha médica disse que eu era caso único, no que toca aos efeitos secundários. Ela própria se tentou a fazer o mesmo tratamento. Se calhar é melhor experimentares a ansiedade... também reduz o apetite, eheh. Beijinho, Inconformada.
O misterioso poder dos lacinhos cor de rosa. Quem sabe, Yardbird... já não digo nada. Ele há coisas que não se conseguem explicar... eheh. Essa dos lacinhos, tá de mais... imaginava-te homem para oferecer flores. Muitas flores. Mas lacinhos cor de rosa... muitos... com essa surpreendeste-me, de facto. Mas continua, por favor... com ou sem lacinhos cor de rosa... as mulheres adoram receber flores. Nisso tens razão. Beijinho
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