Vai
Em gesto repetido
Em mil estilhaços
Te soprei da minha mão aberta
Vezes sem conta.
E como se meus dedos, fosses
Ficavas.
Teimavas.
Reconheço-te o cheiro.
O olhar angustiado.
O tom de respiração.
A urgência de pele tocada.
Num último grito por socorro
Desesperadas
As palavras.
Quase te deito a mão.
A cerro, novamente
Resignada.
Valha-me o vento
De quem fiz meu aliado.
Valha-me tudo
Ou quase nada.
Esta vontade inconfessável
De quase te querer
De não poder
Rouba-me a paz.
Vacila-me o gesto.
Encolho-me.
Sussurro:
Vai!
Vai!
Repito:
Não sou capaz!
5 comentários:
O pior é que o coração não obedece à boca. Fica-se fula da vida!
Disseste bem, miúda. O confronto entre a emoção e a razão. Neste caso não há hipótese da razão ser vencida.Enerva um bocadinho, pois... Beijo.
PS - Mexe comigo essa versão de "One" que tens no teu blog. Não conhecia. Outro beijo.
Deixaste de ir a "minha casa" e tomar café, sentar um cadinho, conversar...
a minha taska e eu sentimos a tua falta, apesar de sabermos que és assídua. Duas bjokas gandes.
Ando um cadito apagada sim, miúda. Mas vou lá e faço questão q saibas. Obrigada por manifestares a minha falta. Beijo.
"Nós" sabemos que sim.
Só espero que tudo se recomponha, não da mesma maneira, mas melhor.
Jinhus! Dos gandes.
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