Conheci hoje uma pessoa que me disse ser de Colo de Pito.
Primeiro, pensei que tinha ouvido mal. Depois, pensei que estava no gozo. Mas, lá tive que mostrar alguma convicção (sempre com a sobrancelha arqueada) face à seriedade das palavras que ouvia (é que nem um leve esboço de sorriso matreiro, vi no rosto do homem).
Cheguei a casa e fui verificar. E não é mesmo, que estive a falar com um Colopitense?
(sempre gostava de saber como se denominam as pessoas que nasceram em Colo de Pito)
Então, claro… dei asas à imaginação. Como será o atendimento telefónico na junta de freguesia:
- Colo de Pito, bom dia! Em que posso ser útil?
À entrada da aldeia, o placard de boas vindas:
Colo de Pito, saúda-vos.
Ou então:
Bem-vindo a Colo de Pito.
(reparem bem no pormenor "colo de" - sugero-nos uma preposição, de posse ou de lugar, não sei bem)
A navegar pelo site descobri ainda, que os Colopitenses são imagine-se, machistas. Nesta
outra página, fornecem-nos um quadro de dados sobre o género e idade da população. Numa coluna, a quantidade de população, de ambos os géneros. Na outra a seguir, a quantidade de homens. Se quiseres saber a quantidade de mulheres, faz a conta, ora!
Acho justo. Com tal protagonismo feminino no nome escolhido para a aldeia, tinham as mulheres, que ser penalizadas noutra medida.
Mas, nesta minha pequena investigação, aprendi também que o significado de “pito” não se prende apenas com o aparelho genital feminino. “Pito” é também um "pequeno ralhete" no Brasil e ainda, "o âmago podre da fruta", na genuína lingua portuguesa. Pois.
Então, imaginem os brasileiros:
- Ô minino!... tou cansada de dar pito pra você! Ôce si porrta mal, pa caramba!
Ou então, nós por cá, com a fruta:
- Esta fruta está estragada. Tem pito.