quarta-feira, março 21, 2007

Relacionamentos

Pergunto-me se sou eu que ando mal relacionada, se sou eu que sou uma inadaptada.

Seja a interrogação uma ou outra, o pronome pessoal na primeira pessoa do singular é a constante, o que faz de mim o sujeito em questão, a pessoa responsável.

Responsabilidade é sinónima de culpa e lá estou eu de novo, carregando a culpa às costas.

Vira esta questão uma pescadinha de rabo na boca, quando me lembro que para haver relacionamentos, são precisas mais do que uma pessoa.

Onde está afinal, a culpa e a responsabilidade dos outros? Quem a encontra?

5 comentários:

Anónimo disse...

Claro que a primeira pessoa do singular é constante. Como é que podes ver o outro lado ?
Claro que carregas a culpa. Pois se és sempre tu o denominador comum... :-)
Acho que já te disse isto muitas vezes: temos uma forma muito parecida de ver as coisas. Por isso arrogo-me no direito de te dizer que te entendo, que SEI o que sentes. Revejo-me nas tuas dúvidas, nas questões que levantas. A maior parte do tempo consigo ultrapassá-las, mas há dias em que também me sinto assim.

Perguntas onde está a culpa e a responsabilidade dos outros ? Diz-se que todas as histórias têm 3 versões: a de um lado, a do outro e a verdadeira. Pode ser "frase feita", mas que tem lógica tem, não achas ? :-)

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Keratina disse...

Amiga, companheira, sabes quantas vezes eu já pensei o que escreves? Sabes quantas vezes eu ando à nora reflectindo sobre o que verbalizas?! Sabes que tenho uma escoliose e acho que deve ser do "peso" que costumo carregar da responsabilidade?! Junta-te ao club...nas dúvidas e nos carregos, lol
Ps- onde ficou o tal encontro para café e um cigarro?

Beijinhus.

riacho disse...

Só para dizer que estive aqui nesta caixa e tentei deixar um comentário.
Hmm... só que não consigo escrever nada de jeito, mas volto daqui a bocado.

[[]]

Aq disse...

Podemos sempre tentar "ver" o outro lado e acredita que me esforço muito por isso (tal como tu, tenho a certeza) por isso mesmo, a sensação de "mea culpa", ou seja, de desculpabilização do outro (talvez uma questão de tolerância de aceitação). Assim me dita a consciência. A inteligência dita-me muitas vezes, o contrário, ou seja, porque raio não há-de estar isto equilibrado? Quando se vêm todos os dedos a apontar à mesma pessoa, incluindo o dela própria, algo está mal e assim, à primeira vista, parece que é exactamente, essa pessoa. Claro que as coisas não são assim tão lineares e quando começamos a analisar a situação, questionamos aquilo que nos pareceu à primeira vista. É aí que tudo se complica.
Abraço apertado, Maria Alfacinha.

Pois, a questão é complicada para os que perdem muito tempo a pensar :) O café e o cigarro... não tenho ido (com tempo) a Lisboa, Keratina, mas na primeira oportunidade, conta com um telefonema para combinarmos o encontro. Beijo grande.
PS - Não tinhas deixado de fumar?

Volta quando quiseres, Riacho... quanto ao não conseguires dizer nada de jeito, é assim, mesmo: nem sempre é fácil traduzir o pensamento ou sequer, termos vontade de o fazer. Abraço apertado.

riacho disse...

Já tarde, mas voltei.

:-)

Senti simplesmente que precisei de apanhar ar; não foi por mais nada que só agora reapareci para ti aqui, e para todos os que costumo ler.

Quanto à responsabilidade, parece-me um pau de 3 bicos.
Que bom seria que cada um carregasse a sua às costas, como se fazem às uvas, e a despejasse num tanque comum para se pisar e tornar mosto...

Beijo e fica bem Ana; com esse novo brilho nos olhos que a E. te deu.

:-)